“Inovar e integrar para bem formar” é o tema da X Conferência Nacional de Educação Farmacêutica e do X Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Farmácia que tiveram início hoje, 05.06, em Foz do Iguaçu (PR). O objetivo do evento é discutir, com professores, estudantes e coordenadores de curso, a inovação e a integração dos eixos: Cuidado em Saúde, Tecnologia e Inovação em Saúde e Gestão em Saúde considerados estruturantes para os cursos de Farmácia e que devem ser implantados até outubro de 2019, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs).
Na abertura da Conferência, o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João lembrou que a qualidade do ensino farmacêutico sempre foi uma das bandeiras de luta do conselho e que nos últimos anos, a entidade, além de trabalhar por novas atribuições, também vem oferecendo oportunidades de capacitação por meio do Programa de Suporte ao Cuidado Farmacêutico na Atenção à Saúde (ProFar) e dos cursos Cuidado Farmacêutico no SUS e Cuidado Farmacêutico em Farmácia Comunitária. “Já capacitamos mais de 4 mil farmacêuticos por todo o país e devemos expandir ainda mais nos próximos anos. Pois prezamos pela qualidade dos serviços que o profissional vem oferecendo”, disse.
“Temos grandes desafios à nossa frente: o que cada um de nós está fazendo para que as Diretrizes Curriculares sejam definitivamente implantadas? E qual o nosso papel no combate à graduação à distância para os cursos da área da saúde? Espero que, nesses três dias de trabalho, possamos compartilhar conhecimento e traçar estratégias pra trabalhamos juntos em prol da qualidade do ensino farmacêutico”, completou o presidente do CFF.
A presidente da Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enefar) Milena Freitas lembrou do compromisso maior de quem escolheu a Farmácia como carreira. “Além dos desafios citados pelo presidente do CFF, ainda temos que lutar para manter a nossa essência. Como futuros farmacêuticos, não podemos nos esquecer do nosso compromisso com a saúde e o bem-estar da população. Isso está no cerne da nossa formação”, disse.
O representante da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, destacou a importância dos profissionais da área da saúde, em especial dos farmacêuticos e afirmou que o Ministério da Saúde está de Portas abertas para discutir e debater a eficaz implantação das diretrizes curriculares. “Espero que esse encontro devolva à sociedade elementos e resultados que melhore a qualidade da formação do farmacêutico que é imprescindível para a saúde da população”, completou.
Além do presidente do CFF, Walter Jorge João; da presidente da Enefar, Milena de Freitas; e do representante do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, também fizeram parte da mesa de abertura, a presidente da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (Abef), Gilcilene El Chaer; a presidente da Comissão Assessora de Ensino Farmacêutico (Caef) do CFF, Zilamar Camargo; o conselheiro federal de Farmácia pelo Estado do Paraná, Gustavo Pires; o presidente da Comissão de Ensino do CFF, Willian Peres; e a presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), Mirian Ramos.
Como parte da programação foram realizadas as palestras: “O fim da escola tradicional e o ofício de ser professor”, com Marcello Lasneaux; e “Ação docente na formação crítica e humanista”, com Carmen Correia Bastos, além de três mesas redondas e seis oficinas.
FORMAÇÃO FARMACÊUTICA NO BRASIL – Ao final do primeiro dia de evento foi lançado o livro “Formação Farmacêutica no Brasil”, a publicação é uma compilação dos resultados de relatórios anuais que a Comissão Assessora de Educação Farmacêutica do Conselho Federal de Farmácia (CAEF/CFF) apresentou à Diretoria do CFF, desde 2009. “É um documento inédito, fruto de anos de pesquisa, análise e compilação de dados que traçam o atual perfil da formação farmacêutica no país e nos dá informações para ações futuras”, comenta o presidente do CFF, Walter Jorge João.
“Essa publicação é fruto de uma busca constante por informações sobre a formação do farmacêutico que, por vezes, o próprio Ministério da Educação não tinha. Espero que sirva de estímulo a gestores e coordenadores para elaboração de projetos de melhoria em suas instituições, considerando a realidade brasileira”, comenta Zilamar Camargo Costa, uma das autoras e presidente da Caef/CFF.
Fonte:CFF